sábado, outubro 31, 2009

Abóboras, bolinhos e....

Não sou fã do Halloween, não é festa do meu tempo de criança, nem sequer dos meus filhos, mas gosto de abóboras.
Abóboras, abóboras, sem caras nem caretas, chapéus e chapelinhos, velas e velinhas dentro!
Gosto delas alaranjadas, amarelas, esverdeadas, gosto delas em doce, em bailarotes e em sopa de feijão.
Sopa de abóbora com feijão branco, cenoura e batata aos pedacinhos, misturados com um refogado de cebola, alho e louro e ainda, suprema delícia, miolos de broa, tudo regado com azeite de 1ª e acompanhado com um bom tinto. Como sobremesa podemos ter nozes com figos secos e castanha assada ou cozida com erva doce.
Do melhor nesta época outonal!
Se não é um pouco pesado?
Claro que é, mas em tempos de crise serve de almoço e de jantar e olhem que não estou a brincar.
Amanhã é Dia de Todos os Santos ou Dia do Bolinho. Por aqui ainda se vê muita criançada a andar de casa em casa a repetir a pergunta tradicional que se perde nos tempos:
- Ó tia, dá bolinho?
E a "tia" dá bolinho, dá umas moeditas, dá nozes, dá figos e fica a sorrir enquanto eles se afastam a contar o dinheiro já recolhido ou a trincar as guloseimas que estão num saco à parte.
Amanhã, pela 1ª vez, por razões de agenda familiar a minha porta não estará aberta todo o dia à espera dos meninos da vizinhança!

terça-feira, outubro 27, 2009

A azeitona já está preta

A azeitona já está preta
A azeitona já está preta
Já se pode armar aos tordos
Já se pode armar aos tordos
Diz-me lá, ó cara linda
Diz-me lá, ó cara linda
Como vamos de amores novos
Como vamos de amores novos.
Não sei se todos sabem cantarolar esta canção popular que não fica por aqui mas chega para anunciar que a apanha da azeitona já começou por estas bandas.
Anda uma enorme azáfama pelos olivais com gente encarrapitada nas oliveiras a apanhar e a deitar abaixo os seus bagos, outros a varejar os ramos mais altos para a azeitona cair em panos estendidos em baixo, ainda outros a metê-la em sacos e a levá-los para carrinhas que os irão deixar nos lagares já em plena laboração.

Esta é uma oliveira lentrisca que se conhece das outras por ter a folha mais verde, brilhante, mais curta e que é muito produtiva. Uma oliveira destas pode dar 5 sacos de azeitona.
Foi assim que aprendi a conhecê-las mas se desse lado houver algum olivicultor que apresente melhor este tipo de oliveira eu agradeço.

Esta é uma oliveira-brava ou zambujeiro que dá uma azeitona extremamente miúda mas tão boa como a outra, só que nem sempre compensa o trabalho de a apanhar.
Os zambujeiros transformam-se em oliveiras normais através de enxertias.
No caso deste passou-se uma coisa engraçada - foi enxertado e transformou-se numa enome oliveira. No ano passado todo o olival foi podado e esta oliveira, por ser muito velha, foi cortada de tal forma que restou apenas uma parte do tronco abaixo do local onde o enxerto tinha sido feito.
Conclusão, voltou à sua origem e é de novo um zambujeiro!
A Natureza tem destas coisas!
Depois de tantos anos não se "esqueceu" que era zambujeiro...



sábado, outubro 24, 2009

Onde?

Na margem ou à margem?

quinta-feira, outubro 22, 2009

Sábado à tarde, domingo de manhã...

em Ponte de Lima
Duas perspectivas da velha ponte medieval que atravessa o rio.

A ponte começou por ser a continuidade de uma via romana, servindo um dos trajectos mais utilizados entre Portugal e a Galiza. Séculos mais tarde, com a intensidade do "tráfego", surgiu sobre ela uma nova ponte medieval com 18 arcos, três dos quais se encontram, actualmente, enterrados na Praça de Camões.

Guerreiros romanos ainda guardam o rio!


A antiquíssima Rua dos Artesãos.



Praça de Camões, à saída da missa.





Há anos que não via uma cena destas...





E a pedra fez-se música e a música fez-se silêncio...






terça-feira, outubro 20, 2009

Fim-de-semana prolongado...

Começámos por aqui...

Cidade de ruas estreitas...

De igrejas imponentes...


Com um sentido muito democrático de santidade!



Do antigo castelo resta apenas a Torre.




Tem asas mas não voa!
Que cidade é esta?
Fácil, não é?





sexta-feira, outubro 16, 2009

Receita para o fim-de-semana

Pela primeira vez na minha vida de modesta cozinheira fiz uma tarte sozinha! E de cebola!
Sinto-me verdadeiramente orgulhosa pelo feito que recebeu por parte da minha família entusiásticos elogios.
Como as expectativas em relação às minhas aventuras culinárias são baixas também não foi difícil obter este êxito...
Passo a dar a receita que é muito fácil:
Faz-se a massa para cobrir a tarteira com:
200gr de farinha
100gr de margarina
1 pitada de sal
água q.b.
Amassa-se a farinha com a margarina, junta-se-lhe o sal e acrescenta-se água suficiente para ficar uma bola consistente.
Depois estende-se essa massa com um rolo e cobre-se o fundo e os bordos da tarteira, fazendo alguns furos com um garfo para a massa não enfolar.
Vai ao forno pré-aquecido de 5 a 8 minutos.
Entretanto a cebola já foi descascada, partida às rodelas e frita em azeite até ficar apenas transparente.
Junta-se a este refogado um pacote de natas, três ovos completos, sem casca como é óbvio, uma pitada de sal e pimenta q.b. .
Mexe-se muito bem e coloca-se esta mistura na tarteira que entretanto já foi retirada do forno até a cobrir completamente.
Volta-se a introduzi-la no forno e vai-se vigiando se não se conhecer muito bem o aparelho.
Eu usei a temperatura de 200 graus, com ventilação , durante cerca de 17 minutos.
Deve usar-se uma tarteira bonita porque vai directamente para a mesa.
Apresentei-a como entrada fria de uma receita espanhola de massa de peixe e camarão feita numa frigideira de paelha, originalidade do meu sobrinho mais velho que gosta de cozinhar.
O vinho creio que foi João Pires, eu bebi do branco bem geladinho!
A maioria da família bebeu tinto.
A sobremesa foi muito variada, há doceiras de mão cheia na família, mas como não levei a máquina não tenho modo de a apresentar.
Aconselho, no entanto, uns morangos simples ou com açúcar e vinho do Porto.
Bom proveito e façam o favor de aproveitar bem estes dias porque terça-feira já chove!

terça-feira, outubro 13, 2009

Para os que gostam de Lisboa

Peço desculpa pela pouca qualidade de algumas imagens mas a intenção era boa.
Aqui vos ofereço uma breve visita a Lisboa.

O guardião do Castelo nos seus simpáticos e sorridentes 93 anos! Mora nesta casa há 60 anos e da sua janela mesmo...


...em frente deste arco, do lado de dentro, observa tudo e todos os que por ali passam.

Cidade de roupa estendida ao vento!


Curiosidade no largo do arco do guardião.
Não conheço outro urinol em Lisboa!



Igreja de Santo Estevão com o Tejo ao fundo.





O Adamastor a ver passar navios no Alto de Santa Catarina.




Uma bela janela, um pouco torta, virada para o rio.







E o Tejo sempre ao fundo.






Antiga mas sempre menina e moça, vista do miradouro de S. Pedro de Alcântara.








Esta minha fixação por candeeiros deve ter alguma explicação psicanalítica...








Um novo parque de estacionamente inaugurado por António Costa antes das eleições, como é óbvio!










E para terminar o belo quiosque da Praça das Flores.











segunda-feira, outubro 12, 2009

Ganhámos!

Finalmente, depois de anos e anos de luta, o concelho de Ourém virou à esquerda!
Viva a Democracia!

sexta-feira, outubro 09, 2009

Vai uma fatia de tarte?

Vai uma fatia de tarte das minhas maçãs?
Acho que é o ideal para o período de reflexão que se aproxima, seguido de um intenso dia de serviço cívico e físico, pela parte que me toca, que culminará com amargos de boca para uns e com vivas de alegria por outros.
Que eu esteja entre os que vão celebrar a vitória!

quinta-feira, outubro 08, 2009

Eu voto em...

Leio nas notícias on line que Philip Roth e Amos Oz lideram apostas para o prémio do Nobel da Literatura.
Eu voto em Philip Roth.
Sei que o voto é secreto mas, perante a minha confissão, quem vota como eu?

terça-feira, outubro 06, 2009

Artista sofre

Pois o meu fim-de-semana foi passado na Galiza, mais concretamente em Ourense e seus arrabaldes com o Chorus Auris onde sou contralto, como já o disse em várias ocasiões.
A convite do Auria Canta de Ourense deslocámo-nos até lá para participarmos no seu 8º Festival Internacional de Música e Canto Coral que decorreu de 5 de Setembro a 4 de Outubro.
Devido ao atraso com que chegámos à cidade, houve apenas tempo de largarmos a bagagem no hotel, de seguirmos para o Auditório Municipal onde nos fardámos e depois em passo de corrida fomos para a Igreja de Santa Eufémia onde acompanhámos a celebração da missa com outros coros galegos e um de Mieres, nas Astúrias.
Nova corrida pelas ruas da cidade, já de noite, para o concerto no referido Auditório, concerto esse que terminou tardíssimo mas onde, sem sombra de dúvidas e mais uma vez, fomos o melhor coro português, modéstia à parte.
Finalmente lá conseguimos chegar ao local onde jantámos todos em conjunto. Costuma ser durante e após o jantar que se estabelecem contactos informais entre os coralistas que sem qualquer ensaio prévio se brindam entre si com peças do seu repertório não ouvidas anteriormente.
Cantámos "A Senhora de Aires", música tradicional alentejana, "Cajuína", música brasileira e terminámos com o nosso sempre conseguido "Acordai". Espero, ardentemente, que tenha sido ouvido em Ourém...
Chegámos ao hotel já perto das duas da manhã.
Como podem ver não me foi possível tirar fotofrafias em Ourense, cidade com um belíssimo centro histórico e que já conhecia.
No dia 4, às 9,30, já estávamos a caminho de Muiño, localidade inserida na Serra do Xerês e onde iríamos acompanhar uma missa, de novo.
Parámos em Celanova, uma pequena vila onde existe um Mosteiro Beneditino que tem uma igreja que é um assombro de beleza e de riqueza.
Aqui estão depositadas as relíquias de S. Rosendo, santo natural de Braga.
Na impossibilidade de tirar fotos lá dentro aqui vos deixo dois aspectos do exterior.
Candeeiros ao lado do Mosteiro...


Parte do claustro...

De regresso ao autocarro mais uma etapa até Muiño com esta bela paisagem a acompanhar-nos.


O campanário da minúscula capela onde cantámos, quer dizer onde cantámos no exterior, por manifesta falta de espaço.



A nossa maestrina de kispo branco e a Maria del Carmen do Auria Canta espreitam por uma janelinha para saberem quando é que devíamos entrar em "cena".
Até acabou por ser divertido!




Depois de tanto cansaço, de tanto tempo de pé, pudemos saborear um apetitoso almoço à beira deste lago.
E agora não me digam que artista não sofre!...





quinta-feira, outubro 01, 2009

Coittado do carteiro!

A minha dona está muito aborrecida porque não recebe correio há cinco dias, diz que deve ser alguma virose!
Coitado do carteiro!
Mas antes uma virose do que a gripe A, penso eu...