sábado, julho 30, 2011

Mais uma escapadela


Tem estado um tempo óptimo para escapadelas pelo belo país que é o nosso!
Nesta altura, com as praias cheias, prefiro o interior onde nos acolhem com sorrisos, sem pressas, com toda a arte de bem receber.
Desta vez começámos por Castelo Branco que conhecemos relativamente bem mas com duas falhas enormes. Nunca tínhamos visitado o museu nem a zona do castelo, devido à hora tardia de chegada à cidade ou ao dia da semana escolhido para lá passar.
Assim, começámos pelo Museu...



Não podíamos deixar de repetir a entrada neste belo espaço...


E finalmente, depois de um excelente almoço num restaurante situado numa das ruas bem estreitas da zona antiga, subida ao castelo de onde pudemos apreciar toda a vista da cidade!


E agora uma pergunta para quem gosta de participar nestas brincadeiras.
Para onde é acham que fomos a seguir?

terça-feira, julho 26, 2011

Cores, cheiros, sabores...

No quintalito/jardim, os morangueiros plantados em vasos continuam, generosamente, a dar os seus frutos coloridos e saborosos...


Os dois pessegueiros esforçam-se no seu labor de colorir e amadurecer as bolas acetinadas que pendem, pesadamente, dos ramos... 


Gosto muito de sardinheiras mas elas não me retribuem...nascem assim bonitas, vistosas mas uma aqui outra ali e eu a querer os canteiros cheios!



Os tomateiros, também plantados em vasos, atrasaram-se um pouco, mostram até um certo cansaço e procuram apoio no tronco da cerejeira!

sábado, julho 23, 2011

O Grito

Já postei este quadro há muito tempo, a propósito da dor do silêncio...
Hoje, este quadro do norueguês Edvard Munch simboliza a dor de todos os que estão a sofrer com semelhante atrocidade!
Mesmo numa sociedade aparentemente sem problemas pode haver um vulcão pronto a explodir!

terça-feira, julho 19, 2011

Ernestina

O meu gosto por enigmas levou-me a um escritor português que apenas conhecia da crítica literária.
Eu passo a explicar.
Aqui há uns tempos, a Gábi do blog Redonda, que podem encontrar nos meus favoritos, lançou uma questão à qual respondi e ela teve a gentileza de me enviar como prémio este livro de J. Rentes de Carvalho que me deixou rendida à sua prosa.

De ascendência transmontana, J. de Carvalho nasceu em Gaia em 1930, frequentou Românicas e Direito em Lisboa e, por razões políticas, abandonou o país. Viveu no Rio de Janeiro, S. Paulo, Nova Iorque, Paris, acabando por  fixar em 1956, em Amesterdão, na Holanda..
Este romance conta, na primeira pessoa, a  história da sua família originária da aldeia de Estevais, concelho de Mogadouro, provavelmente um pouco ficcionada. 
Entre o cenário da aldeia, da rudeza das terras transmontanas, da luta das suas gentes pela sobrevivência e Gaia/Porto onde nasceu e viveu com os pais move-se uma família com as suas  grandezas e misérias, amores e desamores e  segredos mal adivinhados.
"Ernestina", o nome de sua mãe, é uma homenagem a esta mulher de uma enorme complexidade psicológica e é, estranhamente, o nome de uma jovem referida nas últimas páginas do romance que o autor faz terminar quando tem 15 anos.

Nota: fiz uma muito breve referência à biografia de J. Rentes de Carvalho e uma pequena abordagem do conteúdo deste romance que já vai na 7ª edição na Holanda.
Fiquei fã deste autor e agora vou "lançar-me" a um outro livro seu intitulado "A Amante Holandesa".
Se desse lado houver alguém que possa enriquecer este insípido testemunho, agradecia!

quarta-feira, julho 13, 2011

Já lá não está...


Não sabia que tinha um nome mas fotografei este rochedo nos Olhos d´Água vezes sem conta!
Já lá não está...
Tenho pena!

segunda-feira, julho 11, 2011

Onde?



Eu sei que o Google Imagens descobre tudo com facilidade mas cá fica a questão?

sábado, julho 09, 2011

À espera...

A cama dos meus filhos regressou às origens depois de mais de trinta anos em casa da Avó Rosa. Foi para lá quando eles já estavam crescidinhos e começaram a nascer mais netos que só vinham passar fins de semana e ou férias.
Agora que a Avó já partiu há três anos, em cada quarto (e são bastantes) há uma cama de bebé para os bisnetos que ela já não conheceu...
Mas já não podem contar com esta que, depois de bem raspada e pintada pelo avô babado, está agora preparada para acolher o "nosso menino"!
A protecção que quase escondia o Bambi se eu não a tivesse dobrado foi "subtraída" de uma das camas onde dorme uma das minhas sobrinhas-netas, por via conjugal. 
É provisória mas hoje será estudado o sistema que protegerá o Dinis de umas grades demasiado largas  que não provocaram qualquer mazela ao pai nem ao tio!
Mas "noblesse oblige"!





O urso e o elefante são peluches do pai do Dinis que nunca saíram deste quarto!
A colcha também é de "origem".

quinta-feira, julho 07, 2011

Alecrim

Já que os "aromas" que a comunicação social nos oferece não são nada agradáveis, vou continuar a falar de ervas aromáticas para descontrair!
O alecrim, que também tenho num dos meus canteiros e que esqueci de referir na última postagem, é um arbusto muito comum na região do Mediterrâneo, em solos calcários como são estes, aqui, no Massiço Estremenho. Também era designado pelos Romanos por rosmaninho  que significa em latim "orvalho do mar", embora pertençam a géneros diferentes.
O rosmaninho que eu conheço é uma planta mais rasteira, sempre de tom azulado e com flores maiores...
Voltando então ao alecrim, tem também utilizações para fins culinários, medicinais, religiosos e de perfumaria.
Como a minha amiga não me mandou nenhum poema original sobre o alecrim vou valer-me da criatividade do povo para vos recordar este.

Alecrim, alecrim aos molhos
por causa de ti
choram os meus olhos
ai meu amor
quem te disse a ti
que a flor do monte
era o alecrim?

Alecrim, alecrim dourado
que nasce no monte
sem ser semeado
ai meu amor
quem te disse a ti
que a flor do monte
era o alecrim?

Nota: Pelo adjectivo dourado e pela pesquisa que fiz parece que também há alecrim com flores amarelas e até brancas...
O meu é de tom azulado como podem ver na imagem mas o cheiro é sempre o mesmo, uma delícia!
Gostei dos vossos comentários ao poema e ao textozinho que o acompanhava e agradeço ainda mais as informações sobre o licor de poejo. Desconhecia totalmente a sua existência.
E, de facto, o poejo cheira e sabe a Alentejo!

domingo, julho 03, 2011

O poejo

O poejo é uma planta aromática de folhas finas, de um verde vivo, com flores brancas ou lilases.
É também conhecido por poejo das hortas, hortelã dos pulmões, menta selvagem e erva de S. Lourenço.
Tem variadíssimas aplicações que vão da área medicinal à cosmética, passando pela culinária e até tem propriedades mágicas - é considerada a erva da paz.
O seu princípio activo mais importante é o mentol.
Há dias, a minha amiga Kinkas, que passa por aqui de vez em quando, enviou-me um poema de uma amiga comum que não vejo há anos mas da qual vou tendo notícias, poema esse que nos fala assim do poejo:



O poejo floriu
Oferece ao vento
o seu amor
pela terra onde nasceu
um país de lonjura
aberto ao dia
e à planura.
Seu olor não se evola
permanece
rescende a caldo quente
em tempo agreste
a agasalhar o peito.
E o meu olhar antigo
Acompanha o seu jeito
de sorrir à vida 
que fico a aprender.
Abraço o seu espaço
que cresceu comigo
onde encontrei a luz
que já não sigo.
E vejo no poejo
o meu tempo perdido.

Junho de 2011

Nota: Nos canteiros do meu quintalito crescem a hortelã, a salsa, os coentros mas o poejo está de lá ausente como de mim esta sensibilidade tão especial, este olhar tão atento à beleza de uma simples planta aromática!