sexta-feira, janeiro 31, 2014

Janeiro


(imagem da net)

"Janeiro fora, uma hora e quem bem contar hora e meia há-de achar!" 
A sabedoria popular exprime-se muita vezes por provérbios e este vem mesmo a propósito.
Já anoitece mais tarde e o caminho em direcção à luz da Primavera é irreversível!
Mas nem sempre o povo acerta...

quinta-feira, janeiro 30, 2014

All You Need Is Love



A 30 de Janeiro de 1969 The Beatles realizaram o seu último concerto, no telhado da Apple Records em Londres, o qual foi interrompido pela polícia.
Esta não será a música minha preferida mas é sem dúvida a que ouço mais vezes, muitas das quais trauteada por amigos e amigas a brincarem com o meu nome!
Foram estes rapazes que mudaram para sempre a minha perspectiva sobre a música ligeira e que animaram e animam a minha vida mas também a dos meus filhos!
Será que ainda irão ser ouvidos pelos meus netos?! 

sábado, janeiro 25, 2014

A minha rosa

 


" - Os homens do teu planeta, disse o principezinho, cultivam cinco mil rosas num mesmo jardim...E não encontram o que procuram...
 - E, no entanto, o que eles buscam poderia ser achado numa só rosa..."

Antoine de Saint-Exupéry, in Le Petit Prince

Com o desejo de um bom fim de semana!

quinta-feira, janeiro 23, 2014

Livros e Leituras

Todos nós temos critérios que nos guiam na compra de livros e ou na sua leitura.
Sugestões de amigos, prémios e conhecimento dos autores, críticas literárias, "obrigações" decorrentes da frequência de Clubes de Leitura, títulos e ou capas sugestivas, género literário, etc.
Penso que já segui todos estes critérios.
Os dois últimos livros que li não foram escolhidos pelas mesmas razões.



"Fugas" de Alice Munro foi escolhido pelo facto de a autora ter recebido o Prémio Nobel, por ser um livro de contos e porque achei o título interessante.
Gostei bastante destas oito histórias de mulheres de todas as idades e de origens diferentes, da sua interacção com amigos, amantes, pais, filhos, maridos e das escolhas que ocorrem num ambiente que reconhecemos como real.
Deixo-vos uma pequena transcrição.

"Está tão feliz. Antes nunca ficava feliz ou infeliz com as coisas que podia fazer, era uma coisa que dava por garantida. Agora tem os olhos a brilhar como se os tivesse lavado de sujidade, e a voz soa como se tivesse refrescado a garganta com água doce."



A compra de "A Irmã" de Sándor Márai apenas se prendeu com o conhecimento que tinha do autor por já ter lido do mesmo "As Velas Ardem até ao Fim" e " A Herança de Eszter" no âmbito do Clube de Leitura que frequentava e dos quais gostei bastante. Penso que cheguei a falar aqui deste último.
Mas aconteceu-me algo de inusitado.
Consegui ultrapassar mais de metade do livro sem me entusiasmar com a sua leitura, teimei e, às tantas, começou a prender-me a atenção mas, precisamente, pelo facto de explicar/falar da doença do protagonista a partir de uma perspectiva com a qual nunca concordei mas que me alertou para a possibilidade de o meu juízo de valor sobre o tema poder não estar certo...
Depois, a caminhar para o fim, a narrativa voltou, segundo o meu ponto de vista, a ser pouco interessante, terminando de uma forma estranha. 
Devo acrescentar que é uma narrativa dentro de outra.
Penso não voltar a insistir na leitura de obras de Sándor Márai, considerado um grande escritor húngaro que se suicidou em 1989, em S. Diego, na Califórnia, USA onde se exilou em 1948.
Deixo também uma pequena transcrição:

"No fundo da vida há uma espécie de preguiça, derivada do nihilismo que causa a doença. Eu só posso tratar o doente."

segunda-feira, janeiro 20, 2014

Anomalia tecnológica

Não sei o que se passa com o rato do meu computador que fica "preso" nalgumas caixas de comentários impedindo-me de os fazer em certos blogues...
Passei o fim de semana a tentar desbloquear a situação mas não fui capaz!
Assim, peço desculpa pela ausência em muitos espaços que visito mas não posso comentar. 
Até para ver os comentários que aqui colocam tenho que ir à página do "design" porque não chego lá directamente!



A Nina já me assegurou que não tem nada a ver com a tonteira deste rato!

quinta-feira, janeiro 16, 2014

Jardins suspensos da Babilónia


(imagem da net)

Há uns tempos pedi ao meu "fiel jardineiro" que me trouxesse para Lisboa um vaso com salsa e outro com hortelã.
Habituada que estou a usar estas ervas aromáticas, entre outras, e tê-las à mão no quintal, na santa terrinha, sentia necessidade delas aqui.
E assim foi...mas quando dei por ela tinha os parapeitos das janelas da cozinha e da sala cheios de vasos com morangueiros, túlipas, cactos e outros espécimes dos quais desconheço o nome.
Passei a dizer que vivia nos Jardins suspensos da Babilónia!
Enquanto esteve em fase de recuperação de uma pequena intervenção cirúrgica que irá melhorar o seu ritmo cardíaco foi aguentando a falta do jardinzinho/terraço/quintal mas está pelos cabelos!
Amanhã irá matar saudades!

segunda-feira, janeiro 13, 2014

Abyssus abyssum

A tempestade que assolou a costa portuguesa e não só, na semana passada, e um telefonema de 56 m com uma cunhada que vive entre Paris e Lisboa levaram-me a recordar o belíssimo mas trágico conto de Trindade Coelho "Abyssus abyssum".
Veio à baila este conto porque ela não se lembrava do nome e como ia ver um filme intitulado "La Gouffre" queria lê-lo antes, para poder constatar se o realizador, seu conhecido, teria ido "beber" algo ao referido conto.
Eu tinha-o bem presente e ali ficámos a dissertar sobre a atracção fatal que muitos têm pelo perigo, sobretudo pela água.
Falámos das espectaculares fotos do mar em fúria, da ousadia  dos fotógrafos para as captarem e ainda da morte de alguns aventureiros que não resistiram ao apelo das águas.
Os dois pequenitos, irmãos, protagonistas do conto começam por desobedecer à mãe, desceram até ao rio, meteram-se no barco e, finalmente, quando a tarde cai e no céu surge a primeira estrela, eles começam a persegui-la para a alcançarem. O seu destino está marcado - serão engolidos pelas águas.
Aqui ficam alguns excertos para aguçar o apetite a quem gosta do género ou relembrar quem conhece o conto.

"Um renque de choupos esguios marcava a borda do rio, que nessa manhã deslizava muito sereno, esverdeado de águas, espelhante sob aquele céu imaculado.
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Já reparaste no barco, ó Manel?
- Tão bonito!
Os dois riram.
- Parece pintado de novo...E nem mexe, repara!
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Dentro daquele adorado barco, assim no meio do rio, eram senhores absolutos da sua vontade, poderiam ir para onde lhes parecesse, livres de admoestações alheias, sozinhos, independentes.
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Tinham os dois concebido o estranho desejo de alcançar a estrela cujo brilho diamantino os fascinava. Tão linda!...
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O pequeno barco vogava agora à mercê da corrente, sem impulso algum estranho. dentro dele, a música levíssima das respirações dos dois pequenos adormecidos...
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Nesse mesmo instante... - e mais longe do que nunca - ... a estrela feiticeira acabava de cerrar também a pálpebra luminosa!
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Trindade Coelho In Os Meus Amores

Nota: Ainda não foi desta que me deixei seduzir pelo silêncio...também é uma atracção, por vezes, fatal!

sábado, janeiro 04, 2014

Et malgré tout...







E apesar dos pesares as orquídeas florescem!